Namorado é quem
também não pode, mas quer e demonstra: disfarçado-disfarçando.
Namorado é quem se encontra em cada reconciliação sabendo renascer e reviver dentro da mesma relação.
Namorado é quem acaba compreendendo porque está junto. Mesmo que pese, mesmo que doa. Mesmo que venha sendo ou tenha sido difícil.
Namorado é quem se encontra em cada reconciliação sabendo renascer e reviver dentro da mesma relação.
Namorado é quem acaba compreendendo porque está junto. Mesmo que pese, mesmo que doa. Mesmo que venha sendo ou tenha sido difícil.
Namorado é quem redescobre as emoções de quando namorou e as traduz num olhar diferente ou numa emoção que já não dá pra contar.
Namorado é quem provoca a outra parte como forma de se aproximar dela. É quem fere e arranha para depois beijar.
Namorado é quem suspira e se lembra como era e do que sentia no dia daquela fotografia vista anos depois.
Namorado é aquele que, mesmo incômodo quando presente, faz inexplicável falta quando ausente.
Namorado é o que fez da impossibilidade o alimento para mais amor guardado; e do amor guardado o abastecimento para o amor exercido. E do amor exercido a provisão para a estação da saudade.
Namorado é o que reclama mesmo injustamente, mas para poder ser amado à sua maneira, muito mais e melhor.
Namorado é a viúva ou o viúvo levando flores ao túmulo, num dia qualquer em que a saudade chega, sem necessidade de data especial.
Namorado é o núcleo da recordação daquela namorada que não chegou a ser. Mas viveu na beleza infinita da impossibilidade fantasiada.
Namorado é o casal idoso feito amizade.
Namorado é o marido em cada vitória sobre o tédio conjugal; é o que pára e num momento de lucidez conclui que sem ela teria sido pior.
Namorado é o amor que está ao lado, o possível, o adivinhado, o portador das nossas melhores expectativas; a fôrma do nosso exato modelo; o cheiro e o gosto de pele das indefiníveis atrações vindas da infância.
Namorado não é quem assim se denomina, como se namorar fosse o começo de uma escala hierárquica que depois continua com noivado e casamento.
Nada disso! Namorado é o noivo, o marido,
o amante, o tímido desejoso, o fiel impossibilitado, o infiel aturdido, o
frustrado, o reprimido, sempre que neles se riscar o fogo da vontade e se
acender o clarão da sua verdade.
Namorado é o ser
humano em estado de amor, pouco importa os nomes dados a ele.
Namorado, portanto, é o eterno proibido, porque é sempre aquele que ainda vai conseguir. Mesmo de quem pode. Namorado é um estado de sentir antes de qualquer encontro e de todas as suas descobertas, mesmos as impossíveis; pouco importa se ocorre entre casados, solteiros, noivos, viúvos ou namorados mesmo.
Namorado, portanto, é o eterno proibido, porque é sempre aquele que ainda vai conseguir. Mesmo de quem pode. Namorado é um estado de sentir antes de qualquer encontro e de todas as suas descobertas, mesmos as impossíveis; pouco importa se ocorre entre casados, solteiros, noivos, viúvos ou namorados mesmo.
Namorado é o que viveu o sempre-depois e o nunca-exercido, de um olhar que se cruzou dizendo e adivinhando um tudo que não precisou de constatação para ser vivido.
Namorado é o que sempre acaba voltando: em carne e osso, ou 30 anos depois, sentado no trono dourado da fantasia, lembrança, amargura, saudade doce, breve recordação ou vivência nunca morta.
“Namorado é tudo o que representa o
melhor de cada um de nós”...
Artur da Távola
Amara
Mourige ♡
Lindo, lindo demais...
ResponderExcluirE o que eu desejo, é que nós possamos viver para sempre "Enamorados"...
Um dia lindo, Amara!!! bjs
ps.: ah, esuqci de dizer, publiquei no fb aquele texto, tá? lindo demais...
Olá Amara, que bacana esse texto, tantas formas de se ter ou de ser um namorado, adorei! bjoos
ResponderExcluirOi mana! lindo este texto ! este Artur de Távola é bom mesmo.
ResponderExcluirbeijos