Caio Fernando de Abreu. 12/setembro/1948 – 25 /fevereiro /1996
Um cidadão do mundo!
Sem Caio, um Brasil menos poético.Escritor e jornalista gaúcho, Caio Fernando Loureiro de Abreu nasceu em Santiago do Boqueirão, no Rio Grande do Sul em 12 de setembro de 1948.
Seu primeiro romance, "LIMITE BRANCO", foi escrito em Porto Alegre, aos 19 anos.Sua estreia na literatura deu-se com INVENTÁRIO DO IR-REMEDIÁVEL , em 1970. Depois vieram o romance O OVO APUNHALADO (1975), PEDRAS DE CALCUTÁ (1977).
Publicou doze livros vários traduzidos para o francês, o inglês, o holandês e o alemão.
Seu romance ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA ? foi um dos finalistas do PRÊMIO LAURA BATTAGLION ( França) na categoria de melhor romance.
O quarto livro (até hoje, o mais famoso) "MORANGOS MOFADOS", foi publicado em 1982. Em 1988 o autor publica uma novela voltada para o público infanto-juvenil, AS FRANGAS.
Ele adorava teatro! Teve muitos de seus textos transformados em peças teatrais.
!2/09/2012 - 64º aniversário de Caio Fernando Abreu.
Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo.
Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo ‘clima’, certa ‘preparação’. Certa ‘grandeza’. Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente.
E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo ‘eterno’) cotidiano. A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor.
Porque o amor, como a morte, também existe – e da mesma forma, dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte – pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) – nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade.
[Caio Fernando Abreu]
Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo.
Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo ‘clima’, certa ‘preparação’. Certa ‘grandeza’. Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente.
E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo ‘eterno’) cotidiano. A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor.
Porque o amor, como a morte, também existe – e da mesma forma, dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte – pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) – nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade.
[Caio Fernando Abreu]
(Lygia Fagundes Telles)
"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos"
[Caio Fernando Abreu]
Na minha memória para sempre!
Olá !!! Boa lembrança a tua.Realmente ele era um ótimo escritor.Beijo no coração
ResponderExcluirOlá !!! Boa lembrança a tua.Realmente ele era um ótimo escritor.Beijo no coração
ResponderExcluirQuerida amiga
ResponderExcluirO bonito
deste grande brasileiro,
foi a vida
que deixou
entre as palavras
que escreveu.
Desejo que os teus sonhos
Espalhem o belo pelo mundo...
Aluísio Cavalcante Jr.