Essa crônica de Artur da Távola retrata bem sobre o que eu penso da cidade que eu escolhi para viver.
Fico assustada com o grande crescimento imobiliário.Dezenas de casinhas sendo derrubadas e começam a subir grandes prédios... Minha cidade progrediu!
mac - museu de arte contemporânea.
O que assusta na gente na relação com a cidade , onde
vive e a qual ama, é a certeza que nela colocou as suas esperanças, os seus
planos de vida e de repente ela é outra, transformada, totalmente fora da
possibilidade de realizar nossos projetos. Todo o meu esforço pessoal interior,
no sentido de civilizar-me tornou-se inútil porque a cidade não me traz
respostas à altura. O centro de meu dilacerante conflito é a constatação de que
no tipo de crescimento adotado, não há mais chance de realização de um tipo de
vida para o qual me preparei e no qual poderia realizar o que de melhor possui
a minha dimensão de pessoa e de cidadão. Caminho pelas ruas da minha cidade
pensando e pensando se ela ainda possui locais que possam responder a um tipo
de vida que justifique nela viver. E é o trágico constatar que já não o tem.
Ela perdeu aquela espécie de elasticidade que permitia ao habitante acomodar-se
e, mal ou bem, gozar as vantagens do viver urbano. Não que se procure um
paraíso, uma cidade sem problemas ou naturais dificuldades, desconfortos,
imperfeições, etc. Mas uma cidade que, ao lado disso, dê ao morador a
possibilidade de espaço, alguma paz, alegrias, ou tipos de lazer e convivência
para os quais ele se ou nos quais se formou. Aí vem a constatação de que a
cidade erigiu o impermanente como regra e tudo o que justifica uma existência
de trabalho com a finalidade de alcançar certas metas, mesmo as mais modestas
metas de vida, já não mais encontra resposta. Ela ficou alheia a nós – e aqui o
terrível – a gente já se considera sem tempo e condições de criar raízes em
outro lugar. Na cidade “moderna” emergente, burra, psicologicamente enferma e
socialmente injusta, não há mais vestígio nem do passado recente. Trator nele!
E sem passado, é tão impossível viver como sem futuro, porque, quando tal
ocorre, fica no meio um presente sem sentido, vivido irremediável, na qual nada
mais pode melhorar e onde todos ficam se perguntando qual a causa de estar
assim… Ó meu Niterói!
Amara Mourige
Lindo cada cidade com sua magia...
ResponderExcluirBeijo Lisette.
Tão linda a cidade e é sempre assim.O crescimento faz mudar o panorama.Pena!! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirOlá amiga. Quando me casei pela primeira vez, minha primeira cidade foi Niterói, Icaraí. Tudo é lindo nessa cidade. Beijos.
ResponderExcluirOlá Amara,
ResponderExcluirLindo este texto. Adorei!
E cada lugar, cada espaço, cada cidade, cada país, com seu jeito próprio e com suas belezas a nos encantar.
Um grande beijo, querida amiga.
Maria Paraguassu.
Amara,uma excelente escolha essa cronica!É mesmo uma pena que não valorizem mais o passado em detrimento de um suposto progresso!bjs e boa semana!
ResponderExcluirUma crônica de Artur da Távola que mostra bem o que acontece com as cidades. Deixam de ser aconchegantes devido ao progresso.
ResponderExcluirUma boa semana. Beijos.
Amara, querida... nunca vou me cansar de dizer: que blog lindo...!
ResponderExcluirE toda vez que venho te ver e dou uma volta por aqui, sempre penso: que pessoa delicada a Amara...dá para sentir...
Adoro voar pelo seu blog roll... cada imagem que me fascina a alma...
Passei pra te ver, dizer que estou bem e te deixar um beijinho... logo volto, amiga querida ...
Querida amiga
ResponderExcluirAs vezes
a cidade que amamos,
se perdeu
no progresso
que nos rouba
as melhores lembranças...
Que sempre haja amor,
para alimentar de sentidos
sua vida.
Olá Amiga, estive em Niterói a muitos anos, não tinha metade do que tem hoje, realmente parece ter tido um enorme crescimento, tenho vontade de visitar esse cartão postal, estive no Rio mas foi tão corrido que não deu p ir até Niterói, lindas fotos, Bjoooooss
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